Reinaldo José Lopes, prêmio Jabuti em ciências, contou esta
história que resumi aqui:
Por séculos, os pensadores tentaram entender a ordem do Cosmos e
suas influências. Até que a astrologia e a astronomia se divorciaram com
brigas e a ciência moderna virou inimiga da sua “ancestral”.
Antes disso, Brahe e seu discípulo Kepler estudavam a conexão
entre o Universo e a vida humana, dizendo que o melhor jeito de encontrá-la era
traçar um mapa astral. Se eles não fossem a dupla que fundou a ciência moderna,
ao lado de Galileu e Newton, suas anotações sobre astrologia não
teriam importância.
Muito antes, o fascínio pelos movimentos dos astros, como o
deslocamento do Sol no Céu, já estava nos desenhos das cavernas antigas e numa
estatueta de 30 mil anos representando a constelação de Órion. Há monumentos
Neolíticos que calculam os solstícios e preveem as mudanças no clima e na
natureza. Assim como os babilônios e assírios (1000 a.C.) previam eclipses e
faziam predições. É dessa região que temos notícia do mapa natal mais antigo
(410 a.C.).
Os conhecimentos mesopotâmicos se espalharam para o Egito,
Grécia e persas, lar dos magos estudiosos da astrologia que dariam origem à
história dos Reis Magos, hoje comemorados com o dia do astrólogo.
Com Alexandre, o Grande, o conhecimento astrológico e
astronômico foi unificado e padronizado, sendo abraçado com entusiasmo quando
Roma chegou ao poder. Nesta época, Ptolomeu e outros astrólogos estabeleceram a
divisão da astrologia em 4 ramos (imagem final).
A partir do séc. 7, os árabes traduziram e ampliaram as
principais obras ligadas à astrologia e demais ciências da época. E
com as cruzadas, as obras em árabe, traduzidas, impulsionaram avanços das
ciências e das artes. O ápice desse desenvolvimento foi conhecido como
Renascimento, com alguns dos principais cientistas praticando a
astrologia.
Com o avanço da astronomia, no entanto, o
conhecimento da vastidão do Cosmos estraçalhou o modelo astrológico. Mas ainda
não explicou o que os ancestrais já sabiam: estamos conectados a
tudo, mesmo que a ciência moderna ainda não consiga explicar co(s)mo.
Mônica
Clemente (Manika)
#Astrologia
#CiênciaModerna
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