O Calcanhar de Aquiles nas Relações de Amor
Mônica Clemente (Manika)
Thetis, deusa grega do mar, casou com o mortal Peleus e tiveram
um filho chamado Aquiles.
Como Thetis queria que seu filho fosse como ela, imortal, banhou
o bebê no Rio Styx sem perceber que os calcanhares dele, por onde o segurou no
batismo, não foram protegidos pela imortalidade.
Em um ponto do corpo daquele que se tornou um dos maiores
guerreiros de todos os tempos ainda havia um ponto “frágil”, igual ao pai
mortal.
Como diz Liz Greene, “os mitos falam dos seres humanos, mesmo
que seus personagens principais sejam Deuses.” Já o Hellinger, diz que os
deuses nos mitos representam a consciência inconsciente coletiva atuando sobre
o herói (2007: 64).
Quando uma mãe, ou várias gerações de um sistema familiar,
espera muito dos seus filhos, ou filhas; ou quer que eles compensem algo que
ela (eles) não fez; ou que neguem tudo o que vem do pai para serem só dela,
porque “ela é uma deusa e o pai um mortal” (o casamento foi frustrante para
ela), a criança “não pode” mais acessar quem ela é.
Um oceano estará entre ela e seu Sol interior. Ou melhor, entre
ela e seu pai, como o Sol na casa 12 em um mapa astral. (Atenção, nem todo Sol
na casa 12 tem esta dinâmica).
Um pai também pode fazer isso, negando tudo o que vem da mãe ou
querendo que seus filhos atendam às suas expectativas megalomaníacas.
Ainda assim o calcanhar de Aquiles está lá a espera de uma
revelação: todo ser humano é filho de um pai e uma mãe.
Nenhum dos pais biológicos ou adotivos deve se achar melhor do
que os pai e mãe daquela criança.
Assim, aceitando a fonte da vida do filho, permite que ele possa
ser o resultado do amor daqueles.
Enquanto um pai, ou mãe, ou pais adotivos ou terapeuta se achar
melhor e o único bom para seus filhos ou clientes, estes não poderão seguir
seus caminhos e se sentirem completos.
Mas os filhos/as não devem esperar esta autorização. Eles já
podem tomar o pai ou mãe excluído no coração.
Como?
Abrindo os braços e recebendo a vida deles ou usando
a flexibilidade do seu calcanhar para caminhando até eles.
Mônica
Clemente (Manika)
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A
foto é do Clark Little
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